Destino

Porque tu confiscas o meu destino?

Tu me abrasas com teu conhecimento repugnante

E me diz que quer me conhecer melhor

Por si mesma

Isto não faz parte do acordo dos nossos sonhos

A vida cicatriza as marcas da dor

O mundo é um enigma

Onde só os vivenciáveis descobrem

A marca do destino

A ilusão petrifica nossas virtudes

Vidas não se resumem por palavras

Mas por gestos

Por que a confissão do imaginário

Repreende todos os aspectos da dor?

A cautela resume meu amadurecimento

A principal virtude da razão

É conflitar pensamentos na solidez do infortuno

O mundo não copia seus versos

O acalento da emoção

Conflita meus objetivos da sedenta

Organização da minha história

Os sonhos não abrasam a solidão maldita

Do lado sóbrio da identidade confiscada pela razão

Ó se o mundo me entendesse

Talvez as pessoas suplantariam a paz do paraíso

A poesia não fala ela mostra os acordes da vida

Dissimulada pelos seus enigmas

Dividido pela sombra amargurada do seu olhar

Os espinhos corroem as articulações

Do contorno dos meus segredos

Os sóbrios refletem na solidão da vida

Os nobres se vangloriam por coisas vãs

E os solitários vivenciam palavras

Na majestade da luz