Ceará
Eu vivo num estado de graça constante,
Nada me falta, se eu quero serras, eu as tenho,
Se eu quero o mar, sou eu quem escolhe,
E isso me basta, as montanhas não me entedia,
O mar não me entristece, antes esses
Caminhos opostos não confundem a minha alma,
Que vira e mexe com a natureza se acha,
Esse é o meu Ceará, amo demais,
Essa é a minha Fortaleza, a minha cidade,
Um oceano de opções num oásis de tanta beleza!
Como tudo na vida; Aqui tem os seus riscos...
Tem a emoção de quem sabe e se deixa sentir.
E quando estou deserta percorro os caminhos
Que me levam para dentro de mim mesma, e saio
Das paisagens belas, procuro a terra seca, de galhos
De árvores secas, porque tal vida, tal alma, percorro
As estradas, e a poesia vem e me acalma,
E me ensina a aceitar o que está por vir.
Liduina do Nascimento