TERROR DA TEMPESTADE
Preencho os espaços
Na desconfiança do destino
Desamarrando frases
Nas troxas de minha noite
Sorrateada pelas aquisições
Do medo
Transmito ensinos no terror da tempestade
Transponho visões arcaicas
No terreno vivenciável
Pelas obras do meu entendimento
Entrecruzo informações
Nas relações arbitrárias
Que infringem minha visão
No silêncio da humanidade
Pestanejo a cautela do amanhecer
O camuflar de meus passos
Se escondem na minha visão
Destrinchada de meu imaginário
Saco as balas no nocauteio final
Acumulo desculpas
Na ascensão dos desejos
Trepido conflitos no amanhecer
De minha esperança
O horizonte abastece de pecados
O terrível interceder imaginário
Me faz galgar visões
Até a súbita aniquilação de meu pestanejar
O original não se dissimula
Das obras compreensíveis
Da solução arbitrária
De minha confissão
Transpiro o destino
No naufragar dos segredos
Acompanhado pelos processos
No reinado de minha majestade
Revelo alucinações nas veredas
Canonizadas pelos atos de amargura
Me despeço em pedaços
Na relação da luz
Viajo pelas artes do conhecimento
Escondo olhos homogêneos
Do cântico enigmático da saudade
O atrito de meu saber
Se qualifica no meio
Automático de minha realização
Usando conhecimentos
Para as soluções inadequadas da saudade