Um mundo ideal
Eram reinos tão vizinhos
Que as leis, em pergaminhos
Se cumpriam dos dois lados
A bandeira, com duas faces
Manchada em feliz enlace
Cantava o hino de um só fado
As árvores fincavam raízes
Burlavam com seus matizes
Uma dupla nacionalidade
Por vezes, na mesma cidade
Onde turista se envereda
Era usada a mesma moeda
Tão distante de Verona
Dividia-se uma carona
Para aonde fosse o Romeu
Eram reinos tão vizinhos
Repartiam tantos carinhos
Rei e o súdito eram plebeus