Signos do Deserto
Signos da multidão
Arquitetando sonhos
Nas linhas do infortuno
Vivenciando passagens
Na concepção da racionalidade
Tropicais vivenciando imediatismos
Na colina do descenso
Apalpo visões até a solidão
De meus conhecimentos
A imperatriz dos sonhos
Me afasta do horizonte da natureza
Queima de gerações
Na transfiguração dos incompreendidos
Na figura da dor
Vivo no céu do capitalismo
Nas virtudes homogêneas
Transfiguro visões
Nos antídotos dos vírus da liberdade
Petrifico meus lábios
Na solidão de meu imaginário
Cauterizo palavras nos papiros
Da dama de ferro
Que conjuga os verbos
Assolada pela capitania do coração
Pétalas camuflam o ar
De jogar folhas
Pela ponta da janela
Vaguejando no aço das corrosões
O destino elimina meus mandamentos
Na tarde inequívoca dos astros
Onde viajo nos bailes do encantamento
Intercalando pedidos de misericórdia
Plaino no ar na abissal forma
Das pétalas amargurosas
No fim didático da noite
Galopando no mar lotado de areia
Cheio de camelos
Lutando com tubarões
Em troco de sua liberdade
As áureas do destino
Invocam sua conformidade
Nas pétalas do espaço