SÃO PAULO
Nas esquinas tortas de São Paulo
Me perco entre os prédios altos
Motores furiosos dos carros
Ensurdecem a minha alma
Passos apressados
Olhos que não se olham
Muros pichados
De letras garrafais
Ambulantes gritam sua mercadoria
Homens sentados no meio fio
Apenas observam calados
Plumagens multicoloridas
Enfeitam os corpos nas praças
Línguas estranhas ecoam nos ouvidos
Alegria nos bares
Do estrangeiro que admira
A moça que bebe o vinho
Tinto que combina
com seu brinco de pedra
Escarlate é a cor da paixão
Que vibra e traz vida
Nesta inquieta cidade