Sufoco do súbito

Me afoguei na cabine, com o capotraste aos pedaços

O contraste no aço, suor mais ácido

Corroí o fígado com pulmão de plástico

Distorci os feixes nesse porre sintomático

Autodestruição automática na combustão sem chama

Traumático, talvez o menos trágico

E as doses com açúcar pra esquecer do amargo

Tentei apagar os riscos de caneta

E as marcas do pau-brasil com a escopeta

Apontada pra cima, esperando acertar em Deus

Algum dia, vi que o núcleo é só matéria

Energia não é esperança pra quem sente que pesa

Os quilos a mais são só números na tela

Talvez o olho ainda não enxerga...

Sombra Victorino
Enviado por Sombra Victorino em 07/12/2018
Reeditado em 25/08/2019
Código do texto: T6521389
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