Sufoco do súbito
Me afoguei na cabine, com o capotraste aos pedaços
O contraste no aço, suor mais ácido
Corroí o fígado com pulmão de plástico
Distorci os feixes nesse porre sintomático
Autodestruição automática na combustão sem chama
Traumático, talvez o menos trágico
E as doses com açúcar pra esquecer do amargo
Tentei apagar os riscos de caneta
E as marcas do pau-brasil com a escopeta
Apontada pra cima, esperando acertar em Deus
Algum dia, vi que o núcleo é só matéria
Energia não é esperança pra quem sente que pesa
Os quilos a mais são só números na tela
Talvez o olho ainda não enxerga...