Barbarella

Das tantas vezes em que fizemos amor, eu e ela,
Muitas das vezes até mesmo quando distantes,
Conduzidos por excelsos tântricos preceitos,
Momentos em que éramos Duran e Barbarella,
mesmo sem o toque, gozamos o gozo dos amantes.

O excelso inebriar com esse olor que dela emana,
Sentir de novo nos lábios o doce sabor de sua boca,
O suave arfar de seus seios colados em meu peito
E, como Sidarta e Kamala, conduzidos ao Nirvana,
Paraíso em que desfalecíamos, ela, toda minha, louca.

Vagávamos por mundos talvez só mesmo existentes
Nos balbucios roucos de nossas juras de amor eterno,
Incontidos pelos limites do universo de nosso leito,
Inebriados e sugados no redemoinho de nossas mentes
Vivendo o amor que se mostrava o mais profundo e terno.

Difícil retornar ao mundo físico dessa dura realidade
E viver a vida como mero mortal, como um ser comum,
Ao desprovido do amor dessa Deusa, não mais seu eleito
Para desfrutar dos momentos de intensa felicidade
Quando deixávamos de ser dois para sermos só um...
LHMignone
Enviado por LHMignone em 07/12/2018
Reeditado em 07/12/2018
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