Cela de Plutão
Cristalizo as atitudes
De meus sonhos
Em um copo de pesadelo
Desmentindo a introdução que afronta
Minha reflexão de forma sagaz
Os receios de me acautelar
No reino da magia
Que convertem meus lábios
Na imprevisível labuta do amor
Configuro a sabotagem
De minha mente que espuma
Em um encontro oportuno
As montanhas resvalam
Suas desconfianças
Na apoiável sombra de minha ascensão
Cauterizo a forma sonhadora
Que funde a minha mente
Em altas classes de especulação da razão
Realizo meu desejo conflitando minhas tramas
No reino enigmático do paraíso
Conto a minha história
Confiscando a região de meus trajetos
Na síntese do complexo amoroso
Atravesso o terror do medo
Sintetizando minha mente
Nas hastes da amargura
De meu raciocínio
Conflito minha emoção
No amargurar da noite
Descrevendo minha labuta
De meus sonhos articulado
Pelos meios da inquisição
Caio na armadilha do abismo
Que me converte de teus ensinamentos
Na chuva gélida que reinicia minha esperança
No trono amargurado da escuridão
Tento ser maior que Júpiter
Mas não consigo
E meus sonhos se acabam
E acabo virando aspirante a se tornar
Uma pessoa do tamanho de Plutão
Redijo as platinas da honestidade
No voraz caminho
Até as sombras
Mendigando um prato de arroz
Na cela de Plutão
Cavo buracos na ascensão
De minha herética viagem
Até o núcleo de meu coração
O núcleo aprisiona com seus gestos
A solidão dentro de caixas
Na cozinha da dor