DESPEDIDA
Conduza-me
Porta a fora de ti
E deixe-me ir
Mas não tranque a porta
Deixe-a aberta.
Dei-me o teu mais belo riso
Com se fosse à primeira vez.
Agora pinte
Com cores alegres e vivas, teu quarto.
E regue teu jardim de luz
Para teu mais novo esquecimento.
Vou voltar a meu existencialismo
Onde nunca me perdi
E nunca deveria ter saído.
Agora tu és borboleta em voo.
E eu?
Casulo vazio.
Anna Voegg.
Belém, 19-04-09.