DESPEDIDA

Conduza-me

Porta a fora de ti

E deixe-me ir

Mas não tranque a porta

Deixe-a aberta.

Dei-me o teu mais belo riso

Com se fosse à primeira vez.

Agora pinte

Com cores alegres e vivas, teu quarto.

E regue teu jardim de luz

Para teu mais novo esquecimento.

Vou voltar a meu existencialismo

Onde nunca me perdi

E nunca deveria ter saído.

Agora tu és borboleta em voo.

E eu?

Casulo vazio.

Anna Voegg.

Belém, 19-04-09.

augustopoeta
Enviado por augustopoeta em 05/12/2018
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