Os Cálices do Amanhecer
Passando pelos lagos
De minha paixão
Viajando na imensidão das celas
De meu imaginário
Confiscando as passagens
E revivendo as obras de meus sonhos
A arca viaja na solidão de meu olhar
Preenchendo espaços
Nos requisitos da paixão
Durmo na solidão de meu imaginário
Preenchendo meu selo
Com sombras na aquisição da noite
Já desminto a corrida que sacia
Meus rastros na longa jornada até o horizonte
Vivo nas sombras da saudade
No esquema recortado das cenas
Da paixão
Viajo nos passos da ilusão
Explicando coisas olhando para o reino
De minha identidade amorosa
Redijo meu passado
Transitando na armadilha da noite
Vivo acorrentado no palco de ilusões
A noite me refresca com seu sabor
Descrevo meus sonhos na apoteose
De minha emoção
Galgando no sofrimento da dor
Pairo na imensidão do paraíso
E contemplo sua majestade
Que tocam os sentidos de minha alma
Vivo sozinho como um estranho no paraíso
Esperando a redenção me alcançar
E vivo fixando meus olhos em sua beleza
Que me retocam com o seu olhar
Bato na porta da esperança
E ela me abraça e eu nocauteado pela vida
Flutuo no meu mundo de ilusões
E saboreando o gosto amargurado da vida
Os trincos do meu coração
Assombram os cálices da eternidade
Cauterizando assim a jornada
De realizar meus sonhos
Na alvorada do anoitecer