Samba ou Pagode?
No país dos miseráveis/
Onde andam tantos iletrados/
Por que choras ó mãe/
Se não cuidastes dos teus filhos/
Muitos estão desempregados/
Outros estão, em suas casas presos e humilhados/
Acalentando a fome nos braços/
Não ensinastes o povo a te servir?
Não fostes tu, quem desraciocinasse a cabeça/
Se hoje a fome é cativa da morte/
A esperança é a lembrança da sorte/
Que pouca gente vê/
Nessa terra, onde só se faz troça/
Nem a morte quer nascer/
Vem apenas cumprir os ritos/
Pois que muitos, não vivem/
Mas de teima, viver a sobreviver/
Mas não deves ser o único culpado/
Pois que o povo sempre é responsável/
Devemos compreender que temos o direito de crescer/
E assim não podemos permitir/
Que promulguem a nossa história/
Que ditem as nossas horas/
Não podemos mais ser refém/
Temos que fazer esse chão/
Todo tempo é essa a versão/
Samba ou Pagode/
Quando queremos é coração/