Nódoas da alma
E as lavadeiras deixavam o Nilo
Levando a roupa para quarar
Limpa das águas dos crocodilos
Brancas como assombração
Pendurado o lençol a penar
Trêmulo no limbo a salvação
Árida face sem lágrimas
Só dores, nua, sem estimas
Os panos das almas vão cobrir
Corpos de novos pecados
E logo que saem do varal
Camuflando vícios capitais
Indulgente aquele rio lava
Todos os desvios do homem
E alma por alma ele salva
Perdoa, a limpadeira pajem