DE COSTAS PARA O MUNDO
DE COSTAS PARA O MUNDO
Voltada para si mesma
Virou as costas para o mundo
Respirou bem fundo
E abraçou a própria alma
Sem pressa
Olhou-se calmamente no espelho
E viu seu reflexo entristecido.
Enfim, sorriu
E livrou-se do vil enclausuramento.
As nuvens carregadas
Foram levadas
Destroçadas pelo vento.
Sem narcisismo
Ela se amou
Quanto ao mundo?
O que importa?
Dane-se o mundo!
O mais importante ela achou
A essência pura
Do amor próprio.
JOEL MARINHO