Apocalipse
É tanta devassidão/
Que já nem se sabe/
Quem está certo/
Quem está errado/
O normal é padronizado/
No desconsertado/
Dizem pelas ondas das ruas/
Que não há cor/
Não há gênero/
Que a liberdade é surreal/
Mas todos são descriminados/
O amor perdeu a voz/
Enquanto o ódio, a violência tornou-se cultuado/
Dizem-se modernos/
Tão acima do bem e do mal/
Que a morte de natural/
Passou a ser a justiça social/