Manga
Descascada segue o tato em sua geografia
A língua toma pra si o função dos dedos
Cada chupada seus cabelos enroscam em meus dentes
Em sua pele os perfumes não se entendem
Descascada seu norte e seu sul cavalga as sensações.
Limpo a boca na manga do dia, mas não há no tempo dia que suporte limpar sua bagunça
Segue o caos e a cara lambuzada.
Não há nada mais doce que o sal de teu mar, cada gota um universo; mar morada dos corpos que se deixam enfeitiçar por sua polpa, pobres marinheiros que não aprendeu a descascar, muito menos experimentar o necta na chupada.
É chegado a hora de legalizar a chupada
Pobres dos assassinos de si mesmo
Esses suicida dos sentidos imbuídos em suas ilusões...
Longe de mim esses crentes em pudor;
É chegado a hora de mata o pudor de chupar !!
Cada palmo arrepiado e encaroçado há de ser uma espada;
Todo frio que corre a espinha há de ser um grito de liberdade;
Todo doce suculento da saliva embriagada há de ser uma arqueiro contra toda forma de repressão e pudor.
Vinde a mim manga predileta e deixa pra nós o prazer de saciar a sede.
O mundo são dos que se chupam e se chapam no ato. Amém! !
Orgânico.