O AMOR E O TEMPO
O AMOR E O TEMPO
Fernando Alberto Salinas Couto
Chegam as chuvas de verão
e junto vem toda a certeza
de mais uma fértil colheita.
Eis que se projetam ao chão
muitas lágrimas da natureza
que inspiram o nobre poeta.
E amores serão esquecidos,
agora, com triste chuva fina
ou as fortes lufadas de vento,
deixando corações partidos,
com suas nostálgicas dores,
suportando a inevitável sina,
só restando desse momento
alguns velhos galhos sem flores.
O tempo vai seguindo o tempo,
como está escrito o seu destino,
seja na grande cidade ou campo,
enquanto, ansiosa, a vida espera,
acompanhando a toques do sino,
a chegada de outra primavera...
Sempre com um medo interno
de uma nova estação com dor,
enfrentando mais um inverno,
sem ter, ao lado, mais um amor.
RJ – 26/11/18
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Mais uma vez, agradeço a interação enviada pelo mestre
JACÓ FILHO
O TEMPO E AS ESTAÇÕES
Cada primavera que ativa as centelhas,
Catalisa das florações, todo perfume...
Mas outras estações morrem de ciumes,
Assistindo a festa que fazem as abelhas,
Canta a passarada adorando tudo que ver,
E comemora aos bandos, cada amanhecer...
Com tanto amor, tudo que querem é viver...
Eu como poeta, contento-me em descrever...
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