As Vielas da Discórdia
Olho as lágrimas gotejando
Em silêncio pois avalio
A passagem para se desvencilhar
Do reino da amargura
Subitamente me afasto
Da disciplina de meus lábios
Onde a tempestade resigna
Em meu coração suplantado
Pelas hastes amorosas
Confidencio a seleção de meu amor
Onde busco se esconder
Debaixo de meus pés
A escuridão resiste em me encontrar
No palpitar das sombras
Onde a natureza gesticula minha hombridade
No certeiro destino amoroso
Que concretiza a minha imagem
Nas marquises de meu pensamento
Olho a solidão que protagoniza
Em meus sonhos substituindo a incoerência
De meus pensamentos de minha paixão
Recuo nas vielas da discórdia
Onde o meu pensamento acolhe
Minha certeza hipnotizada pela infâmia
Trivialidade da alma
Meus pensamentos norteiam
Meu entender na solidão
Inconsequente da noite
Que dissimulam a discórdia
Em meu paraíso oculto
Nas margens apropriadas
Que sorrateiramente se inclinam
No naufragar amoroso
Respiro as ondas do meu coração
Que me abatem com o seu calor
Olho e despisto a noção de meus sonhos
Onde minha imagem me cauteriza
Me afundando no mar de ilusões
Sobriamente me afasto das tempestades
Da paixão me atacam na imprecisão
De meu ser nas falhas ocultas da paixão
Onde o meu pensamento destrona
O meu vale amoroso
Nas infames articularidades da paixão
Onde o mistério sucumbe
A minha tentativa desnaturada
De manter a rota
E alcançar o inimigo do amor
Estaco minhas palavras
Em um acervo de vidro
Onde simulo e agracio
Os belos aromas do amor
Que sintonizam a minha paixão
Onde a distância carimba
A vitalidade de minha alma
Remodelando a forma lírica
De amar
Meus passos são desvinculados
Do rumo cauterizador da amargura
E se fundem na nova obra
Que acalenta os sonhos da eternidade