espelho claro
Corro com o vento, os campos sem tamanho
de águas ninfas do tempo.
Que dormem intranquilas no gás de estrelas.
Em gramados e apoteoses
Humano Édipo
Efêmera sorte
_ Se não me decifrar eu te devoro!
A noite segue teu cansaço
Enquanto tremem as carnes dos cavalos
Nenhum lugar parece mais seguro
Procuro no escuro
Uma entrada no muro
Sem muita pressa
Uma face que se perde
No espelho incomum das perfeições
Depois se despe!
Nu nublam os olhos.
Somos nós mesmos
Aparentemente mal traçados?
Pouca é a virtude que julgamos acender
Movem pelo céu da boca outras vozes não ditas!
Que se apagam no raciocínio das palavras.
Uma nuvem esconde o sol
desse silêncio enfático.
Quem fica dessa vez sou eu,
eu que procuro no espelho de vidro
Um jeito de arrumar os cabelos !