Entregar-se




 
 
Deixa para trás o crepúsculo, alguns verões
esquece a melancolia,
para se perder em outras estações.
 
Entregar-se é preciso...

Basta fechar os olhos e seguir sem planos,
sem desenganos.
 
                                    ...Intentar sem pressa, a saída.
Esperar o inverno, molhar os sonhos,
despedir-se das lágrimas,
Há sempre um novo ponto de partida.
 
Resfriar a febre causada pela paixão,
descer com as águas e no fim do dia,
um entardecer com bolhas de sabão.
 
Passar... E tudo deixar passar...
Alcançar um outono, outro outono,
na folhagem se atolar, refletir sobre a vida,
sobre os casulos
e no que é preciso por dentro, transformar.
 
Deixar-se invadir dos mistérios das flores mais singelas
que sempre encantam, norteiam,
para ocasionar uma saída, emaranhar-se,
Nos milhões de sonhos, criando novas primaveras.
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 30/11/2018
Código do texto: T6515769
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