QUE BRILHE O SOL

A noite, às vezes, me assusta,
tão escura e robusta,
tem, também, coisas ocultas:
é uma caixa de segredos.
De abrí-la tenho medo,
não quero se espalhem no ar,
vindo assim a conspurcar
a esperança sadia,
que viceja dia-a-dia,
tornando a vida mais bela,
qual pintura de aquarela
de linhas simples, singelas,
como o sol da Primavera.