HORA BUCÓLICA
(Ps/456)
Néscio seria não querer
ir fundo para não sentir
a palidez da hora
que faz o poeta entristecer.
Não sentir essa dor intrigante
que mais parece uma esfinge
transpassando o coração e
a sangrar aos olhos, feito lança,
diante das lembranças que
calham feito mármore frio
junto a dor indefinida,
ao por do sol!
Ocaso, da hora, dormente
deixa aflitivo o poeta
em melancolias, que expiram
junto o lilás-ocre, do horizonte.
Abre os braços à solidão
percebe o sonho esvaindo
as flores murchando suas cores
e a pressa não mais o apressa.
(Intensa hora)
Divina hora triste do poeta
em sua sala muda onde
o abatjour em tom de carne
encandece pensamentos vagos,
executa suas ideias na
penumbra tênue, escreve
sem parar e relata desejos
aflorados da consciência.
(Pressão!)
Hora improfícua,
Arde e jaze ao nada!
(Constatação!)
(Ps/456)
Néscio seria não querer
ir fundo para não sentir
a palidez da hora
que faz o poeta entristecer.
Não sentir essa dor intrigante
que mais parece uma esfinge
transpassando o coração e
a sangrar aos olhos, feito lança,
diante das lembranças que
calham feito mármore frio
junto a dor indefinida,
ao por do sol!
Ocaso, da hora, dormente
deixa aflitivo o poeta
em melancolias, que expiram
junto o lilás-ocre, do horizonte.
Abre os braços à solidão
percebe o sonho esvaindo
as flores murchando suas cores
e a pressa não mais o apressa.
(Intensa hora)
Divina hora triste do poeta
em sua sala muda onde
o abatjour em tom de carne
encandece pensamentos vagos,
executa suas ideias na
penumbra tênue, escreve
sem parar e relata desejos
aflorados da consciência.
(Pressão!)
Hora improfícua,
Arde e jaze ao nada!
(Constatação!)