Era, foi e, é bom amar.
Era uma vez um menino ledo na simplicidade.
De fala simples com verbos fora da conjugação.
Mas que trazia no rosto estampado a felicidade.
E no peito um acelerado e amoroso coração.
Foi a primeira vez que o menino se apaixonou.
Mas a paixão se foi e o seu coração ficou só.
E do travo da desilusão o menino experimentou.
E o menino na vez versejou sobre tudo sem dó.
E no conto de era uma vez o menino sem tino.
Mais uma vez ele por uma bela se encantou.
Mas o desatino que do amor relega o ouro fino.
O amor prometido de alguém se foi, acabou.
E hoje nos versos o menino conta em rimas.
Os, era uma vez; alguém que amou poetar.
E das estrofes fez doces castas de vindimas.
Que no avinhar da vida foi feliz só por amar.
(Molivars).