Boemia!

Boemia!

Agora, passam por mim pensamentos em fragmentos, facetados, feito espelho em pedaços. São nós de minha estória contados pelas cicatrizes de meu coração, foram anos de régia boemia ao som de Ravel, foram muitas noites sem sono ao sabor dos quitutes da noite, foram muitas rodas de viola e violão á luz dessa mesma lua que hoje me espia como a se perguntar – cadê o boêmio. Ora ser boêmio é ser da noite, e da noite fazer dia, não se acaba com isso de uma só vez, não que seja vicio, mas quando se é da noite fica e não se pode mais ser boêmio, fica impregnado na alma como que um doce perfume que se tornam doces lembranças. Por isso quando minh’alma estaciona assim á luz da lua cheia, o sol da noite me enche a alma e o pensamento voa feito gaivota!

Santaroza