SEM TETO
Preso à cidade,
Procuro nos becos um pouco de liberdade.
Busco um espaço sem endereço,
Um canto que negue a rua.
Quero qualquer abraço de terreno baldio,
De casa abandonada que me sirva de abrigo.
Moro onde não se habita.
Meu coração é mendigo.
E a cidade sempre me nega a face.