MARTIR DE UM POETA
MÁRTIR DE UM POETA
Em fim... Veio triste a noticia
que ninguém esperava ouvir
o poeta com seus poemas
hoje mesmo chegou ao fim.
Se foi sem querer partir
com poesias p'ra fazer
a morte veio antes do fim
o esperado o não querer.
O poeta morreu então?!
Sim! Logo, romper d'aurora
um tranco no coração
p'ra uma lenda que se aflora.
Morreu p'ro lugar no além
um registro além do tempo
além de viver para o bem
foi muito além do sentimento.
Então aquele poeta morreu...
Morreu deixando saudade
falou de ti e dele falou d'eu
da mentira rancor e verdade.
Falou do amor e arco-íris
dos pássaros e seus chilrear
falou com estrofes incríveis
e versos que fazem chorar.
O poeta morreu deixando
seu nome viver p'ra sempre
por todo canto memorando
com palavras p'ra todas gente.
Morreu sem pensar orfeu
n'um dia de morte qualquer
diz o medico que morreu
pelo amor de uma mulher.
Aquele poeta morreu sedo
de uma vida toda poética
expandido os seus segredos
pelas palavras corretas.
Deixou bilhetes e cartas
com suas ideia de flecha
uma vida sem cascatas
sem hora na hora certa.
Aquele poeta então se foi
depois de tanto, tanto poetar!
Trilhas cavalos carro de bois
dias estalos grilos noite luar.
Poetou aos quatro cantos
desse mundo velho sem dono
fadas sacripantas e encantos
choro de olhos em abandono.
Morreu sem querer morrer
à um fim que almejava chegar
partindo sem poder crer
que um dia pudesse acabar.
Morreu o poeta dos versos
universos mundos sem fim
guardou para ti o confesso
d'um mundo morrendo assim.
Para ele, bem antes do dia
veio a morte com foice levou
parou a vida em sua agonia
parou alegria, tristeza e dor.
Para o poeta que em fim partiu
o mundo dele parou, bem ali!
Todas as coisas que, viveu e viu
com o fim tudo deixou de existir.
O poeta morreu sem que
o medico não sabe o certo
mas no correto parecer
a morte estava por perto.
Se poeta nunca morresse
quantos versos nasceria
se a mor nunca padecesse
que beleza de bela alegria!
Antonio Montes
MÁRTIR DE UM POETA
Em fim... Veio triste a noticia
que ninguém esperava ouvir
o poeta com seus poemas
hoje mesmo chegou ao fim.
Se foi sem querer partir
com poesias p'ra fazer
a morte veio antes do fim
o esperado o não querer.
O poeta morreu então?!
Sim! Logo, romper d'aurora
um tranco no coração
p'ra uma lenda que se aflora.
Morreu p'ro lugar no além
um registro além do tempo
além de viver para o bem
foi muito além do sentimento.
Então aquele poeta morreu...
Morreu deixando saudade
falou de ti e dele falou d'eu
da mentira rancor e verdade.
Falou do amor e arco-íris
dos pássaros e seus chilrear
falou com estrofes incríveis
e versos que fazem chorar.
O poeta morreu deixando
seu nome viver p'ra sempre
por todo canto memorando
com palavras p'ra todas gente.
Morreu sem pensar orfeu
n'um dia de morte qualquer
diz o medico que morreu
pelo amor de uma mulher.
Aquele poeta morreu sedo
de uma vida toda poética
expandido os seus segredos
pelas palavras corretas.
Deixou bilhetes e cartas
com suas ideia de flecha
uma vida sem cascatas
sem hora na hora certa.
Aquele poeta então se foi
depois de tanto, tanto poetar!
Trilhas cavalos carro de bois
dias estalos grilos noite luar.
Poetou aos quatro cantos
desse mundo velho sem dono
fadas sacripantas e encantos
choro de olhos em abandono.
Morreu sem querer morrer
à um fim que almejava chegar
partindo sem poder crer
que um dia pudesse acabar.
Morreu o poeta dos versos
universos mundos sem fim
guardou para ti o confesso
d'um mundo morrendo assim.
Para ele, bem antes do dia
veio a morte com foice levou
parou a vida em sua agonia
parou alegria, tristeza e dor.
Para o poeta que em fim partiu
o mundo dele parou, bem ali!
Todas as coisas que, viveu e viu
com o fim tudo deixou de existir.
O poeta morreu sem que
o medico não sabe o certo
mas no correto parecer
a morte estava por perto.
Se poeta nunca morresse
quantos versos nasceria
se a mor nunca padecesse
que beleza de bela alegria!
Antonio Montes