Roarrrr!

Da máquina captar o funcionamento

O que tem ou não fundamento

Estuda a engenharia reversa

Mente criadora perversa

Quer culpar o usuário

Sentencia mau uso diário

Da garantia perde a cobertura

Sem direito a manual para leitura

Onde é que eu me encaixo?

Dizem que da vida são os altos e baixos

Que formam dentes da engrenagem

Exigindo força e coragem

Para encarar desafios

Musculatura para vencer os vazios

Mas às vezes parece que emperra

E nos questiona esta Terra

Pois mesmo com força e velocidade

Pensadas para vencer adversidades

Às vezes gira e não engata sentido

Um futuro pró comprometido

Cadentes e suas sequelas

Cadê os dentes, vida banguela?

Corcunda, moribunda arcada

Como ver uma fome de Leão saciada?

Dando zebra nos seus sonhos?

Imagina como seria bisonho

Alimentar a fera com papinha

Carne e sangue pelo menos na minha escrivaninha

Aqui sou o rei da floresta

Será só o que me resta?

Não sei, mas aqui sou destemido

E a máquina se curva ao meu rugido.