Fugindo da poesia ***

Muitas vezes fujo dessa arte, poesia,

cubro- a com sombras, panos,

esgano-a, torço seus versos,

ela resiste, germina em terra árida

no fundo d'alma e canta como nunca

A ela, então, ajoelho e faço preces

pois jamais deixa o poeta,

está sempre dançando em letras

disformes, obtusas, arestas sem aparas

na ponta ressecada da caneta

Reedição

24/11/18

Marilda Lavienrose
Enviado por Marilda Lavienrose em 24/11/2018
Código do texto: T6511074
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