Vazio
Saúdem que o espetáculo
Sem graça
Vem passando
Nos contagia e nos arrasta
Sem dificuldade
Para a ventania ensanguentada
Colorida, de espinhos.
Ferem-nos
E arranca as mais
Podres gargalhadas
Que com lágrimas
Desabam e conflituam-se
Com o olhar.
As mãos trêmulas
Descoordenadas
Aplaudem
Não resistem,
Caem.
A atração do contato
Distanciam-nos
Em irreais imagens assemelhadas,
Substituem
Dançam, rodopiam e encantam.
Já o nascer do Sol
Foi nos roubados
Mais uma vez.