Adeus, adeus...
Melancólico ficas quando parto,
E de longe não vês o meu aceno.
Não que o adeus - por Deus! - me seja ameno.
Não! Bem sabes que o adeus já me é farto...
Mas fica-me nos olhos o retrato
Do teu rosto silencioso e sereno,
Pois no meu, como em sulcos dum terreno,
Fica o mofino adeus no olhar abstracto...
E já se me despede a tua paisagem;
Já não alcanço o frescor dos teus lábios,
E os meus, saudosos, pranteiam ressábios.
Mas um dia saberás, p'los alfarrábios,
Naqueles de afogueada encadernagem,
Que o aceno, amor, vai nas mãos da aragem...