BRUMA DENSA

BRUMA DENSA

Na repartição do hospital, falas...
Falas e falantes treme e se calam.
Ali... Preces são puras e verídicas...
Superando assim, as preces e as esperanças
das igrejas e dos, ultrapassados altar.
Ali, reivindicam o pedido de fé.
E em suas pelejas despeja compaixão.
As injustiças ali, dissipa-se do peito.
Já na programação da morte...
O rico espera órgão do pobre, e o
sangue, de uma vida menos nobre,
p'ra renovar os dias do seu viver,
e para um breve futuro acordar.
Nas dependências dos hospitais...
O forte fica fraco, o ruim abranda o coração.
Médicos atende o mendigo, que antes não
olhava-o sob o olhar d'uma multidão.
Diante da dor, o todo cheio de poder
ameniza seus mandos... O demagogo,
com seu rompante se depara com amor e fé.
Ali a discriminação e o racismo se dissipa.
Dissipam-se diante do futuro incerto e
dias incorretos. Ali tudo fica certo exceto
a bruma, condensando a densa esperança.

Antonio Montes
Amontesferr
Enviado por Amontesferr em 21/11/2018
Reeditado em 24/11/2018
Código do texto: T6508479
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