Crisálida
O brilho da noite crisálida
susta soluços frios
pensamentos turvos
remenda o tom ardido das falésias
entorta o peso largo do silêncio
incinera lágrimas escuras
filtradas pelo deserto do tempo
O beijo vivo sangra o elo ferido
flerta com curso das ilusões
a alma exibe seu passo doce
a canção serena meu abismo
o futuro não espera
o amor vira vento nos versos idos
some nas areias quentes do coração.