Concretizemos aquilo que prometemos silenciosamente

O hiato começa silencioso de forma que nem nota a sua chegada,

Estava ali e não estava ali, infiltrada,

Não usa porta de saída, chega de fininho pela de entrada,

E pensar que está tudo bem é a pior cilada,

Me coloquei de ombros ao acaso,

Disse que não havia mudado,

Deixei com que tomasse espaço,

Mas eu estava enganado,

Deixei me enganar por uma farpa que não existia e incomodava,

Tá tudo bem, não é nada demais,

Era um dos piores males que me assombrava,

Não vai me derrubar jamais,

Senti que não podia ser derrubado já estando no chão,

Chove e fico em casa para não me molhar,

Poderia essa criança estar entrando em depressão?

Mesmo amando-a e querendo ir lá fora andar,

Estagnado, deveras incomodado mas

Sentia-se trancafiado no próprio peito

Procurando mérito no meu próprio feito,

Era isso

Não tinha jeito,

Cansei-me de vírgulas e procurei um jeito de escapar,

Alguma maneira de sair do lugar,

Alguém me fez recordar,

Que eu posso novamente amar,

Dias de chuva e friamente nublado

Estava lindo e merecia um retrato, da aranha na teia,

Santa Ceia, é natal? É o único momento que lembro de ter família

Poder transmitir um sentimento fenomenal,

Ter família e não precisar dizer tchau.

Quis a diferença,

Dei-me a sentença,

Dar continuação, sequencia,

Saber que mudança traz consequência,

Andei passo a passo devagar

Para aquela mão não precisar soltar

Era quente e aconchegava meu sonho de crescer

Não queria deixa-la aconteça o que acontecer,

Entrego os meus pensamentos as paranoias do destino,

Essa é minha história? Meu hino?

Por que caminhar por uma corta de caráter tão fino,

Estou desesperado e ainda rindo,

Fazer acontecer é

De certa forma o mais difícil de tudo,

Pois se trata do início do ponta pé e assim

Fazer rodar o mundo

Mesmo que seja imundo,

Mesmo sendo um humano moribundo mas conflito que na frente

Eu me recuso e não me afundo

Sim, querer fazer é um positivismo forçado,

Pensei, refleti, busquei mudanças, achei-me parado,

Desse jeito, vi que o inicio se tornou freio do iniciado,

Fui, colocando, paradas, até, me, encontrar, novamente, no

Hiato.

Até ela aparecer.

O que aconteceu, o que te deu, qual foi a resposta que te faz parar,

Não querer se alcançar,

Acabando com as virgulas pra novamente lugar,

É assim que deseja tentar.

Mas porque não consegue perguntar,

Tem a pergunta e a resposta, mas não consegue contextualizar,

O importante

É não

Finalizar.

Chegou uma sombra enorme no meu sol,

Que trocou minhas tulipas por formol,

Cortou suas cabeças com cerol,

Vieram-se dúvidas cumuladas num rol,

Seria eu suficiente para conseguir?

Vou fazer-me gente suficiente para seguir?

Quando essa rachadura vai ruir?

Pra onde vai fugir?

Olha se não são as consequências dos meu caminhos trilados

Transformei esperança

Numa dança

Que me carrega de forma sutil e passos largos,

Caminhando todos os passados,

Ao mesmo lugar que estaria, porém

De alguma forma num destino próximo

Ela sorriria,

Então me tornei o próximo.

Demorei e batalhei, mas no fim eu ganhei,

Não a luta contra mim mesmo mas a busca por alguém que me tornava especial

De valor espacial

Me tornou um caloroso rei,

Não consegui parar mais, tentei,

Continuarei,

Concretizarei,

Me exaltei,

Me enganei,

Por conseguir e me alegrar,

Tive que parar,

Voltei ao que eu jurei acabar,

Quando isso vai terminar?

Tenho a amada e tenho seu amor,

Mas tudo depende da minha variação de humor,

Por que amar e sentir tanta dor?

Oh senhor,

Faz-me esquecer esse pavor,

Tire as dúvidas e seu sabor,

Por favor,

Tire o putrefato odor,

Faz voltar meu calor,

Por favor,

Oh senhor,

Vou ser um bom descendente?

Serei um bom ascendente?

Faria-me um homem descente?

Que sorri de dente a dente?

Um herói valente?

Quero matar essa serpente,

Que traz honra e deixa contente,

Decidi, passei de vou mudar

Ser dono da ação, quero mudar e

Fruto de toda essa ilusão a estagnação

Acabar.

Cruzei chuva dos olhos e dos céis numblados,

Serei um dos seus fiéis,

Me afundarei no convés,

Mesmo que com esses pequeno erros, arrumá-lo-eis e trarei os anéis,

Todo mundo nota o erro cometido no passado,

Mas deixa os quatro tipos de poesias passar

E quando se está passando,

Falam que seu futuro está acabando,

Pelo contrário, esse pode ser o fim de uma poesia torta e desestruturada,

Mas a mente humana organiza toda essa bagunça evidenciada,

Acredito em mim e no meu potencial,

De se tornar a carne em algo sentimental,

Todos ao lerem o que as linhas do próximos estão a passar,

Sabem aonde cada frase deveria terminar,

Onde cada vírgula deveria estar,

Onde deve-se desistir e tentar,

Procure no seu próprio destino se há formatação,

Se num futuro cruel e imprevisível é você o dono da ação,

Vai ser motivo de pena ou de comoção?

Quem são seus amigos nesse momento de desilusão?

Pergunte-se antes de ver meus erros e vir me julgar,

Aqui não é sua história ou seu lar,

Muito menos a pessoa que estou a sempre amar,

Por ela vou tentar,

Não vai acabar,

Não vou me separar,

Nem de Deus e do meu bem-estar,

Por com ela quero estar,

Custe o que custar,

Nossas vitórias vão concretizar,

Vou fazer tudo vir se pagar,

Maldição ao que amaldiçoar,

A vida cobra e vai cobrar,

Sopre o que soprar,

Eu vou sempre questionar,

Pois ser teimoso é desde o lar,

Vou conseguir e vou ganhar,

Sempre custe o que custar,

Venha me testar,

Não vou me transformar em pó,

Não vou dar meu pescoço por um nó,

Não vou ingerir o genérico do pó,

Serei tão teimoso para conquistar que não preciso da sua dó,

Renuncio meus erros e não meu pecados,

Pois eles estão em todos os lados,

Fazendo parte do meu espelho quebrado,

Cada fragmento é meu passado,

Deixe com que questionem os seus méritos,

Mesmo que sejam experiente ou clérigos,

Mas em meio de coléricos,

Deixe-os histéricos,

Pois vencer são atos numéricos,

Passado, presente e o que está por vir,

Não importa se o mundo parece que vai cair,

Se a chuva se tornou sangue e o faça se engolir,

Busque perdão, humano ou não,

E volte sempre a sorrir.

Essa história e poesia terá uma diferente pontuação,

Pontuando cada ação,

Acabará com uma virgula e uma menção,

Para entenderem que nessa dimensão

Há dor e diversão, é difícil e tem que ser resistência,

Deve demonstrar permanência,

E num ato revolucionário dizer que

NãoHáEspaçoParaDesistência,

Sem virgula é sem final,

Pois essa história nunca acabará mal

Só necessita de um sinal

Que no final

Será alguém e esse alguém,

Divinamente

Fenomenal, somente

Se somente

Acreditar no seu potencial

Corvo Cerúleo
Enviado por Corvo Cerúleo em 21/11/2018
Código do texto: T6508277
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