Antítese de novembros
Eu esperei o que sempre encontrei... o nada.
Eu pensei que tudo continuasse adormecido...em silencio.
Apenas um sonho. Passou-se o tempo.
Já não era mais jovem. já não era mais adolecente. Não se pode ter tudo, nem querer tanto. A força se abrandara. Diluiu-se.
Não podia sonhar.
No entanto, o contrário veio.
Me encontrei diante do inesperado...o tudo.
O barulho ensurdecedor do peito batendo acordou-me abruptamente.
Não era mais sonho, fez-se real. Chegou na hora marcada.
Me vi tão moço. Um ansioso adolescente.
Tudo pode, tudo quer...por tudo luta. E tenho lutado bravamente como um soldado de guerra. Estranhamente em paz, por amar sem esforço algum o sentimento revigorado com devida dedicação.
Do parar incredulo ao correr com fé.
Do não incerto ao sim seguro.
Do vai agora ao espera aqui.
Do choro frio ao sorriso quente.
Da estrada vazia a um caminho juntos.
Do um que se encontra em dois.
Ganha-se as horas, ganha-se o dia, ganha-se o tempo.
Constrói-se o amor.