Esquece do carimbo
Esse carimbo que procuras na cacunda masculina
Não é como insulina
Que se encontra em cantos prováveis, em qualquer esquina
Não é óbvio como destino, como sina
Esse carimbo que procuras em um homem
Às vezes causa efeito contrário, eles somem
Que importa? Esse carimbo que procura tá fora, tá na memória
Está escrito em sua história
Você tão forte, tão independente, tão capaz
Dependendo de carimbo alheio pra viver em paz?
Ah, pare de história, de auto enganar-se
Pare desta dependência, pare de sujeitar-se
Não tem jeito não, mesmo com lupa pra catança
Mulher tem que ser mulher por si, mesmo com errança
Se aceite, se ame, bata palmas pro seu percurso
Não dependa de reconhecimento alheio, de outro discurso
O discurso que precisa na tua vida
Está na sua rotina, na sua lida
Feita sempre com vontade, com amor, com esmero
Vá firme assim, de coração sincero
Respeite sua biografia, não negue a si própria
Assuma teu ser inteiro, você não é cópia
É referência e resultado da história de um monte de gente
Gente interessante, gente decente
Ainda que na arranhadura de costas lisas, pontuais
É o que tem pra hoje, não são os tais
Não tenha expectativa de que sejam o que se espera
É aquilo ali mesmo, não é fera
Aceite suas gotas poderosas, sua vontade
Você é mulher, tem idade
A menina de seis anos é linda mas ficou pra trás
Fique com a mais velha, aquela que faz
Lembre- se que já cresceu, que virou mulher
Pegue a história toda e seja o que se quer
Intensa, calma, espirituosa, inteligente
Seja grande, seja gente que sente!