POEMA DE NOVEMBRO
Borralhento céu
Em contraste com o verde vivo
das árvores,
das pequenas plantas
espalhadas pelo quintal
Tantos pássaros
Em algazarra de "entre- chuvas"
Sinfonia de piados,
chilreios,
trinados,
gorjeios
Gemidos de fogo-apagou
Pares de joão-de-barro,
cambacicas,
sabiás-do-campo,
sanhaços,
bem-te-vis aos montes
Brisa gelada,
( E já é fim de novembro!)
balançando as folhas,
agitando os mensageiros-do-vento
do alpendre
Em páginas viradas
de outras primaveras,
esta mesma casa,
agora repleta de lembranças:
risos,vozes, latidos
do passado
Personagens já ausentes...
E a vida continua,
se renova
nas gotas que caem,
na luz que se filtra,
atravessa as nuvens carregadas,
nas aves que cantam,
em tudo que ainda permanece
Ilustração: Fotografia de Luiz Iervolino Fernandez
Borralhento céu
Em contraste com o verde vivo
das árvores,
das pequenas plantas
espalhadas pelo quintal
Tantos pássaros
Em algazarra de "entre- chuvas"
Sinfonia de piados,
chilreios,
trinados,
gorjeios
Gemidos de fogo-apagou
Pares de joão-de-barro,
cambacicas,
sabiás-do-campo,
sanhaços,
bem-te-vis aos montes
Brisa gelada,
( E já é fim de novembro!)
balançando as folhas,
agitando os mensageiros-do-vento
do alpendre
Em páginas viradas
de outras primaveras,
esta mesma casa,
agora repleta de lembranças:
risos,vozes, latidos
do passado
Personagens já ausentes...
E a vida continua,
se renova
nas gotas que caem,
na luz que se filtra,
atravessa as nuvens carregadas,
nas aves que cantam,
em tudo que ainda permanece
Ilustração: Fotografia de Luiz Iervolino Fernandez