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   Suas asas



  

   Não gosto de ser esse poço, nem sou.
   Penso que não, não sou esse poço onde guardo
   no mais profundo; Àquilo que nunca te disse. Sou,
   sou um fundo escuro, onde deixei largados
   para sempre o amor, os sonhos, quando partistes.
   No mesmo poço... Sem sem as suas asas, sem socorro,
   a minha ilusão afoguei, e me afoguei, depois
   emergi quando não via solução, e corri, ainda corro.
   Não quis afundar, recuei, antes de deixar morrer,
   essa parte quase sã, do meu coração.
   Quando abracei o teu corpo pude sentir em suas asas,
   a essência do amor, quase não resisti. Mas resisti.
   Fui capaz de me reinventar. Te esquecer facilmente,
   não consegui ...foi quando de mim, desisti ...
   Não sou covarde, às vezes ainda até te penso,
   vez em quando é como se te visse pela minha cidade.
   Imaginar-te assim, é um jeito de voar à felicidade.
   Sinto o efeito do que fostes, efeito do que não sou,
   Mas sei, sinto, que a melhor parte de ti, aqui deixou.
Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 19/11/2018
Código do texto: T6506562
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