A QUEM AMEI
Não importa quem amei, quantas vezes, o por que,
Isso é besteira.
O toque artificial ou o tato, o beijo dado
Ou o poema concebido,
Horas da noite, horas do dia,
Lágrimas ou alegrias,
Tudo isso é besteira.
Umas mentirinhas casuais,
Uma invariável sensação de medo,
A distância entre os joelhos
Ou o candelabro que nunca tive.
Nomes e suas insígnias,
Os detalhes do tempo,
Os tantos e tantos e tantos
Erros que cometi.
Descobri que sou a falha da chama
Que reacende a fogueira sem perceber.