O Alarido Paradoxal

A chegada triunfal

Até o arquipélago da desolação

Nos induzem a jornadas

Até o reino futurístico

Onde só os humildes sobrevivem

A desesperança tomaram conta

De seus olhos e o passo

Para chegar até o reino dos vencedores

É ultrapassar as barreiras do medo

E contar com a sorte do amanhã

Onde o choro protagonizam suas lágrimas

E o céu padece por te ouvir

No véu da saudade

Onde a profecia os acalenta

E a tempestade os derruba

E eles buscam a honra

Na selvagem luta no lago da ilusão

Onde o abismo nos devora

E nos manda para o reino abissal

Colonial das trevas

As trombetas já não tocam mais

E o coral lírico dos anjos

Se desvanecem para sempre

O choro amargurado soluça

O meu entender onde os vendavais

Se encontram e podemos viajar

No mar da ascensão

O infortuno me abate

E a conjectura do céu nebuloso

Me impede de enxergar

Os seus traços angelicais

Na penumbra no dia da desolação

Onde para se tornar uma lenda

É preciso afastar de seus desejos

E mergulhar no reino sintomático da solidão

As raízes da vida renascem

Nas trilhas da desilusão

Onde os pássaros cantarolam

Lindos cânticos de vitória

E a vida renasce e o céu

É bordado de azul anil

A solidão abate nossos corações

Que buscam por uma súplica divina

Onde o lago da tristeza borda-nos

De grandes tragédias e a busca redentiva

Me faz voar e alcançar o paraíso

E assim retomar a caminhada

Até o alarido paradoxal