Imprudência

Quando as consequências chegam espiraladas

Imitando fumaça, sufocantes, mas não palpáveis

Vazando um vício, não prometendo mais nada

Um desvio, desencontrado, sem leme o batel

Subjugou-se, sem critério, à vontade do vento

De rumo incerto, arrastado para porto temerário

Sem farol, sem o cais, o caos se fez mais atento

Perdeu-se no mar um grumete sem itinerário

Sem terra à vista, sem ilha, um barco ao largo

A bordo, clandestina e louca promessa de magia

Deparou-se, no final, com o previsível amargo

Calou-se, pois não podia alegar que não sabia

Roberto Chaim
Enviado por Roberto Chaim em 15/11/2018
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