Imprudência
Quando as consequências chegam espiraladas
Imitando fumaça, sufocantes, mas não palpáveis
Vazando um vício, não prometendo mais nada
Um desvio, desencontrado, sem leme o batel
Subjugou-se, sem critério, à vontade do vento
De rumo incerto, arrastado para porto temerário
Sem farol, sem o cais, o caos se fez mais atento
Perdeu-se no mar um grumete sem itinerário
Sem terra à vista, sem ilha, um barco ao largo
A bordo, clandestina e louca promessa de magia
Deparou-se, no final, com o previsível amargo
Calou-se, pois não podia alegar que não sabia