Sentimento alheio
A noite está escura
E só me restou de Belo
A morte de um dia amarelo
Com entrada da noite pela púrpura.
Saem os sapos na penumbra
E as garrafas de vinho
Denunciam que eu estou sozinho
Triste, sentado. Bêbado, calado na sombra.
Noite longa...
Noite breve.
Um dia fôra alegre
Hoje minha asombra!
As velas já se consomem.
Os meus olhos brilham
Os caminhos por onde trilham
A minha mente de homem.
Vai pela profundeza do passado
Trazendo lembranças
Caindo nas andanças
Me deixando calado.