Grito a quem quer. Ouça quem está vivo
Com esse ar de luto,
Eu luto,
Mesmo estando puto,
Num suspiro curto,
Não é enterro, é uma forma de despedir,
E deixar com que eu ouça o que tens a pedir,
Deixando com que sua mão vá a cair,
Uma hora tinha que chegar dela ir,
Tive uma revelação que me deixou incerto,
Ela me encarou de perto,
Parecia o sonho mais desperto,
Que dessa vez eu estava certo,
Essas palavras tinham amargura nos seus lábios por nunca condizer com a certeza,
Seria que finalmente alguém que trazia a vitória inerente demonstrasse destreza?
Eu somente seria o predador se pudesse me condizer com a presa,
Essa é uma forma rápida de demonstrar lerdeza,
Não tenho sonho se eu não concretizar nossos diálogos astrais,
Demonstrar o quanto eu achei sentimentos sensacionais,
Que agora abre-se lacunas descomunais,
Entre nossas promessas carnais,
Sonha-se com o partir do ferro do anel,
Um lábio mais doce que o próprio mel,
Com uma assunção do tirável,
É a queda da Torre de Babel,
Não é uma namorada de vitrine,
Nem uma esposa troféu,
A senhorita que eu me subordine,
É à personalíssima que merece tal véu,
A Morte proporcionou esse último segurar de mãos,
É a forma mágica de último suspiros dos irmãos,
Caindo solitariamente em vários vãos,
Falando com os vários “Vãos”,
Falando com toda a verdade do universo,
Deixando em cada um do verso,
Que com essa alma eu converso,
Sobre o pesar de um perverso,
Sinto-me feliz e realizado,
Consegui ter o sentimento de ser amado,
Que eu quero deixar por ela tudo eternizado,
Vou amá-la por ser merecedora desse fato,
"Enquanto ele se pousa, faço presença de me manifestar,
Ele finalmente parou de sofrer e conseguiu tal ferida estancar,
Alguém que se tornou seu véu estrelado, supra espetacular,
Sinto no fundo da alma dele que é alguém que ele pode chamar de lar",
Depois de tanta batalha um descanso merecido,
Gradativamente vou me tornando esquecido,
Mas todo morto tem-se um tom de aparecido,
Torno esse jardim um lugar falecido,
Agora tem-se um recado aos vivos e que podem de mim duvidar,
Não há nada que me faça querer no tempo voltar,
Finalmente achei alguém que se tornou meu par,
Que não vale sofrer e sim muito amar,
Não quero sua presença e já foi para nunca mais,
Não quero que me espere em nenhum cais,
Nem reencarne para mistérios astrais,
Nunca me queira, hoje e jamais,
Peço perdão por minha insensatez e que me perdoe em um inverno,
Que possa me cumprimentar entre regatas e terno,
Sempre foi um sentimento externo,
Só não faça do meu passado um inferno,
Despeço de tudo com um ar poetizado,
Estou aqui como vitorioso declarado,
Dane-se que aceite ou seja amaldiçoado,
Isso só torna o meu novo laço mais atado,
Trago ao futuro um ar de renovação,
Pois para mim é tempo de inovação,
Tudo requer de mim uma nova ação,
É o mais novo verso da canção,
Esse é meu maior símbolo de confiança,
É por isso que lhe entrego essa aliança,
Que dessa repetição a gente não se cansa,
Nossa mais alta e calorosa dança,
Acabamos com o silencio ensurdecedor,
Que leve o mal agouro e o espírito do mal perdedor,
Floresça tudo que a gente sente levando embora a dor,
Que dela eu vou ser sempre esse amor,
Do silencio veio o eco e do eco não se ouve nenhum sonar,
Pois com todos os fantasmas eu os fiz ir pastar,
Nesse momento de vida a dois não há tempo de pesar,
E o que eu prezo nessa relação é o nosso bem-estar,
Doa a quem doer o efeito dessa medicação,
Nada que eu possa conversar com alguma meditação,
A nossa maior vitória é tal união,
Poderei dizer que nossas almas sempre se amarão,
Finalizo sem pressa essa poesia,
Sempre com meu toque único de heresia,
Falo que por minha futura esposa eu tentaria,
Passarei por qualquer dificuldade se ela disser que sorriria,
Eu prezo, amo, zelo, conservo e faço crescer,
É o meu mais precioso jardim que faço florescer,
Qualquer inimigo que macular tal amor irá perecer,
Pois amarei-a para sempre, aconteça o que acontecer.