Encontro

Alguma poesia no

brejo das almas apanhei

Poesias, e o sentimento do mundo.

"Mundo mundo vasto mundo"

A vontade é fértil, mas "o

coração está seco".

E com a vida passada a limpo

surge da realidade o fazendeiro

do ar.

E com a viola de bolso semeia

poemas e poesia até agora.

Viola de bolso novamente

encordoada chora.

E das impurezas do branco

tira lição de coisas, e do

versiprosa preludiando a rosa

ata o boi a palavra tempo.

E com gesto à mineira

Fala, Ameandoeira discurso

da primavera e outras sombras

faz brotar.

E das confissões de Minas, "das

volta à chave", em conto de aprendiz

Onde um menino antigo com

seu poder ultrajovem extrai do

bruxo a doce magia da vida.

Passeios na ilha,

ao brejo das almas voltei.

E num claro enigma,

entre a bolsa e a vida,

a rosa do povo encontrei.

Américo Paz
Enviado por Américo Paz em 12/09/2007
Reeditado em 27/01/2013
Código do texto: T650089
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