JOGO DE ADIVINHAÇÃO
imagino que tenhas dedos
em mãos que delicadas pendem
de braços cujo abraço quente
tolos como eu dependem
penso também que tenhas pescoço
ligado ao tronco perfumado onde
seios ebúrneos repousam, quase ocultos
sob os quais um coração se esconde
possivelmente há um ventre
cujo veludo nos convida a cabeça
para mais que descanso, um deleite,
para que a dor do querer floresça
abaixo desse ventre
talvez haja o que eu penso
meio flor, meio penhasco
um contrassenso