QUANDO TEU

QUANDO TEU

Quando sou teu...
Eu gaguejo e tremo
entro até em trepidação...
Como realejo vemos
o disparo disparado
sacolejando a nossa pulsação.

Quando sou teu...
Me vejo como um ermo
nas mãos de um artesão
então... Moldado fico teso
no calar do nosso grito
entre aconchego e esfregão.

Quando sou teu...
Rosno, roço eu urro,
urro como se fosse um lobo
trimeando pela escuridão...
Abafado esturro com meu gogo
e fico assim todo bobo,
manipulado pelas palmas
das suas, ágeis mãos.

Antonio Montes
Amontesferr
Enviado por Amontesferr em 10/11/2018
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