Avivados de fantasias

Às vezes

me pergunto porque

ainda me ponho a escrever

versos.

Se eles são como palavras

a brotarem de um momento

que me vem de inspiração.

Talvez seja

o desejo de trapacear palavras

para uma folha de papel.

Que em muitas vezes mando-as

Para um papel ralo de pão

e para guardanapos

a bebericar algo em bares.

Sinto nesses momentos que a mim

são desconhecidos,

mas que ainda assim.

Me dão razão para transportá-los

para o prelo avivados de fantasias

coloridas como as desse momento.