INSIGNIFICÂNCIA
 
Devaneia em rodeios
na busca incessante e ingrata
que fere, machuca, maltrata,
o homem comum em seu meio.

Quer voar, asas não tem,
grita, em vão, pedindo ajuda.
A boca parece estar muda,
ninguém o escuta, ninguém.

Sozinho caminha agora,
se escondeu o anjo guia...
Prrecisa de companhia,
o medo o tonteia, apavora.

Quão enorme essa loucura,
o futuro desconhece...
Junta as mãos reza uma prece,
pede luz na noite escura.

Retraído em sua dor,
não logrou subir na vida.
Não achou nem um amor...
Foi uma existência perdida.


 
          Inspirado no excepcional poema em dísticos 
    "Alguém" do grande escritor Wanderley Márcio Teixeira

    http://www.recantodasletras.com.br/poesias/3554655