SOLTO A VOZ
Sem ter voz e sem ter vida,
meu sentimento vagueia,
é como o sopro da brisa
nas noites de lua cheia.
Vou espanar a poeira
deste momento que passa
para que brilhe - fogueira,
com esplendor e com graça.
Soltarei, então, a voz
que permanecia calada:
falará por todos nós,
descontraída, alada.
Na soma dos dias
das minhas memórias,
só haverá alegria
para contar minha história.
. . .
Paulo Miranda
Com esplendor e com graça
soltas a tua bela voz
e a cada Romeu que passa
meu sofrer é mais atroz...