PORÕES DA LIBERDADE

Há quanto tempo eu não te conheço?

Procuro a resposta nos porões de minha humanidade.

De quantos paraísos ainda serei expulsa?

Encontro a resposta nas profundezas do meu ser

que alça voo em liberdade.

Quando eu livremente escrevia sobre cidadania,

Fingia que minhas palavras acolhia

Enquanto o mais puro amor era vivido

O seu olhar de viés me julgava,

E me aprisionava em conserva

na memória embolorada.

Quando me descobriu para provar que a nudez é impura,

Minha pele transparente ganhou asas de repente

Elevou-me em voo de volta

Pois só é banido do paraíso,

Aquele que o tem como presente.

De quantos paraísos ainda serei expulsa?

Procuro a resposta nos porões da minha humanidade

Há quanto tempo eu não te conheço?

Encontro a resposta nas profundezas do meu ser

Que alça voo em liberdade.

(Stella Motta)

Stella Motta
Enviado por Stella Motta em 06/11/2018
Reeditado em 06/11/2018
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