PORÕES DA LIBERDADE
Há quanto tempo eu não te conheço?
Procuro a resposta nos porões de minha humanidade.
De quantos paraísos ainda serei expulsa?
Encontro a resposta nas profundezas do meu ser
que alça voo em liberdade.
Quando eu livremente escrevia sobre cidadania,
Fingia que minhas palavras acolhia
Enquanto o mais puro amor era vivido
O seu olhar de viés me julgava,
E me aprisionava em conserva
na memória embolorada.
Quando me descobriu para provar que a nudez é impura,
Minha pele transparente ganhou asas de repente
Elevou-me em voo de volta
Pois só é banido do paraíso,
Aquele que o tem como presente.
De quantos paraísos ainda serei expulsa?
Procuro a resposta nos porões da minha humanidade
Há quanto tempo eu não te conheço?
Encontro a resposta nas profundezas do meu ser
Que alça voo em liberdade.
(Stella Motta)