Alguns Poemetos Sem Nome - Número 2
leve
suave
breve
essa nave
me leve
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Quando a pedra cai no rio
Eu rio
Vejo nuvens de algodão
Então
Escondo alguns segredos
Sem medos
Escolha o doce
Quem trouxe
É tudo esconde-esconde
Aonde?
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Eu já fui o primeiro da fila
No jardim-de-infância
Depois cresci
E fui o segundo
Mais um pouco fui o terceiro
E cresci e cresci e cresci
Até que um dia não tinha mais fila
Nem ao menos jardim
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não tenho culpa
não tenho mesmo
é que às vezes
a poesia vem
que nem uma joaninha
e aí minha atenção
vai sobre ela...
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E a ninfeta me chamou
de Bukowski
deve ser porque
me acho um velho safado
alguém que o tempo
não conseguiu envelhecer
pelo menos por dentro
deixe parar a música
acabar o bebida
que eu lhe colho flores
minha linda Fadinha louca...
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um vento frio daquele mar
me bastava e muito
as ondas à noite escondem-se
mas seu canto continua
e aí começo à tremer
são dois frios
um desta velha carcaça já gasta
e outro desta pobre alma menino...
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Falta-me forças, falta-me braços
Para muitas coisas,
Mas não para teus abraços.
Acabaram-se os sonhos, os desejos,
Para tudo na vida,
Menos para os teus beijos.
Acabou-se tudo, tudo está acabado,
Menos aquela vontade,
De ficar sempre ao teu lado...