Alguns Poemetos Sem Nome - Número 2

leve

suave

breve

essa nave

me leve

..................................

Quando a pedra cai no rio

Eu rio

Vejo nuvens de algodão

Então

Escondo alguns segredos

Sem medos

Escolha o doce

Quem trouxe

É tudo esconde-esconde

Aonde?

........................................

Eu já fui o primeiro da fila

No jardim-de-infância

Depois cresci

E fui o segundo

Mais um pouco fui o terceiro

E cresci e cresci e cresci

Até que um dia não tinha mais fila

Nem ao menos jardim

.............................................

não tenho culpa

não tenho mesmo

é que às vezes

a poesia vem

que nem uma joaninha

e aí minha atenção

vai sobre ela...

..................................................

E a ninfeta me chamou

de Bukowski

deve ser porque

me acho um velho safado

alguém que o tempo

não conseguiu envelhecer

pelo menos por dentro

deixe parar a música

acabar o bebida

que eu lhe colho flores

minha linda Fadinha louca...

.....................................................

um vento frio daquele mar

me bastava e muito

as ondas à noite escondem-se

mas seu canto continua

e aí começo à tremer

são dois frios

um desta velha carcaça já gasta

e outro desta pobre alma menino...

......................................................

Falta-me forças, falta-me braços

Para muitas coisas,

Mas não para teus abraços.

Acabaram-se os sonhos, os desejos,

Para tudo na vida,

Menos para os teus beijos.

Acabou-se tudo, tudo está acabado,

Menos aquela vontade,

De ficar sempre ao teu lado...

Carlinhos De Almeida
Enviado por Carlinhos De Almeida em 05/11/2018
Código do texto: T6495363
Classificação de conteúdo: seguro